quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ficha de Consolidação de Conhecimentos N1

Ficha de Exercícios :P



Respostas
:)

Sugestões de Site^^

Tamanho de Planetas e Estrelas

Caracteristicas dos Planetas

Capitulo2, A Terra e os outros Planetas Teluricos

Os planetas telúricos (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) têm diversas características comuns apresentando, contudo, diferenças importantes.



Nos últimos 35 anos duas revoluções concomitantes ocorreram nas Ciências da Terra, alterando as concepções sobre o modo como se comportam os planetas.

Uma foi a tectónica de placas, a outra resultou da visão unificadora proveniente da exploração espacial. Relativamente aos planetas telúricos, apesar das características comuns, foi possível identificar, entre outras, diferenças no que se refere à sua actividade.

Manifestações da actividade geológica:::

A actividade geológica dos planetas telúricos manifesta-se de modos diversos: por sismos, por vulcões e por movimentos tectónicos, sendo a Terra um dos mais activos. A actividade geológica revela-se de formas muito diversas. Alguns dos agentes modificadores são de origem interna e outros são de origem externa.

Na Terra, a energia solar é o "motor" que acciona os agentes atmosféricos res-ponsáveis pela meteorização e erosão. A presença de água é, sem dúvida, um dos principais intermediários dessas transformações dos materiais terrestres.



Ocasionalmente também a Terra pode experimentar o impacto de corpos de dimensões diversas, responsáveis pela formação de crateras de impacto, muitas vezes com subsequentes fenómenos de magmatismo. A actividade terrestre manifesta-se também de forma mais ou menos violenta pelos sismos, vulcões e movi-mentos das placas tectónicas. Devido a este movimento, a litosfera é reciclada lateralmente, sendo gerada nos limites divergentes e destruída nos limites conver-gentes, o que determina que grande parte da sua superfície, em especial a corres-pondente aos fundos oceânicos, apresente uma idade inferior a 200 M.a.

Os fenómenos vulcânicos e sísmicos, relacionados com a mobilidade da litosfera, são consequentemente intensos.

Mercúrio e Marte podem ser considerados planetas geologicamente inactivos. No caso de Mercúrio, grande parte da superfície que o recobre apresenta cerca de 4000 M.a., ou menos, tendo a sua evolução terminado aproximadamente há 3000 M.a. A história de Marte é um pouco mais longa, mas tudo indica que essa evolução terá estacionado há cerca de 2000 M.a.

Em todos estes planetas podem ser encontrados vestígios de actividade vulcânica, possivelmente desencadeada pela energia cinética de impactos meteoríticos. O calor desenvolvido teria sido suficiente para originar importantes fenómenos de magmatismo.

Relativamente a Vénus, esperava-se que este planeta apresentasse grandes semelhanças com a Terra. É quase do mesmo tamanho e certamente com uma composição semelhante, excepto no que se refere à presença de água e à composição atmosférica.



A atmosfera de Vénus é muito mais densa do que a atmosfera terrestre, devido à presença de grande quantidade de CO2. O CO2 é um gás que provoca um efeito de estufa, isto é, a energia solar que penetra na atmosfera venusiana permanece sob a forma de calor, elevando a temperatura a cerca de 430 °C.

O vulcanismo domina toda a superfície de Vénus, que apresenta muito poucos sinais de erosão. Os mantos de lava e as numerosas falhas apresentam-se como se se tivessem acabado de formar. Toda a superfície parece ter a mesma idade geológica, aparentemente cerca de 500 M.a. Isto significa que a superfície de Vénus só regista cerca de 10% da sua idade geológica.

Em Marte existem vestígios de intensa actividade vulcânica. É neste planeta * que se encontra o maior vulcão de todo o Sistema Solar, o monte Olimpo, com 550 km a 600 km de base e 26 km de altura. Apesar de na actualidade não existir água no estado líquido, a superfície de Marte é sulcada por estruturas geológicas provavelmente originadas por correntes líquidas em tudo semelhantes a uma rede hidrográfica com uma nascente, um sistema de afluentes, meandros, ilhas, etc.


Os robots Spirit e Opportunity encontraram inúmeros vestígios da existência de água, no passado, em Marte, como, por exemplo, a ocorrência de sulfatos, nódulos de hematite e outros minerais cuja génese depende da existência de água. Os cientistas admitem, então, que devem ter existido em Marte condições climáticas muito diferentes das actuais. Certamente que no futuro ainda teremos grandes surpresas com os resultados das investigações a levar a cabo no planeta Marte.

Algumas das características referidas relativamente aos planetas telúricos, como, por exemplo, a história da evolução climática e a não existência de reciclagem da litosfera, que parece ser feita de modo diferente da que ocorre na Terra, continuam por explicar à luz da teoria nebular.

A origem e evolução do Sistema Solar é um assunto que continua em investigação. Certamente outras respostas surgirão e, eventualmente, também novas formas de encarar os problemas.

Em Síntese

Na Terra, a mobilidade da litosfera determina que grande parte da sua superfície, em especial a correspondente aos fundos oceânicos, apresente uma idade inferior a 200 M.a.

Esta mobilidade determina ainda uma grande actividade sísmica e vulcânica.
Mercúrio e Marte são, na actualidade, planetas geologicamente inactivos: não têm tectónica de placas e a actividade vulcânica que eventualmente possam manifestar relaciona-se com impactos meteoríticos.

Marte foi activo durante um período bastante longo. A sua actividade manteve-se até há cerca de 2000 M.a.

Vénus parece ainda activo, com reciclagem na litosfera, mas não da mesma forma que a Terra

Capitulo2, Tema 1 Formação do Sistema Solar

Asteróides
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Cometas
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Meteoróides
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Capitulo2, Tema 1 Formação do Sistema Solar

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O sistema solar localiza-se na Via Láctea ou Estrada de Santiago e é constituído por uma estrela (Sol), oito planetas principais (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno), vários planetas secundários (Lua, Europa, Titã...), vários planetas anões (Plutão, Ceres, Xena...), cometas (Halley, Hale-Bopp...) e asteróides (Vesta, Camila, Eros...).

A Via Láctea ou Estrada de Santiago, galáxia onde se encontra o nosso sistema solar, é uma galáxia em espiral formada por um núcleo central donde irradiam os braços. O nome de Via Láctea ("estrada de leite") deve-se ao aspecto leitoso que esta apresenta no firmamento e o nome de Estrada de Santiago deve-se ao facto de ser uma referência do trajecto a seguir pelos peregrinos para Santiago de Compostela.

Esta galáxia tem um comprimento de 1 000 000 anos-luz e uma espessura de 15 000 anos-luz na zona central. A Via Láctea faz parte do Grupo Local, uma pequena concentração na qual se distinguem também a galáxia Andrómeda, a Galáxia do Triângulo e a Grande e a Pequena Nuvens de Magalhães.

Os planetas clássicos são corpos celestes que estão em órbita à volta do Sol; têm massa suficiente para que a própria gravidade seja suficiente para que o corpo assuma a forma aproximadamente esférica e que tenha atraído para a sua superfície todos os corpos celestes na vizinhança da sua órbita. Os planetas, segundo as características físicas e químicas que apresentam, podem ser classificados em dois grandes grupos: planetas telúricos e planetas gigantes ou gasosos. Os planetas telúricos são assim chamados devido às semelhanças que apresentam com a Terra. Os planetas gasosos situam-se a grande distância do Sol e possuem grandes dimensões. Em torno da maior parte dos planetas orbitam numerosos corpos, especialmente em torno dos planetas gigantes, que se designam por satélites. A Lua é o único satélite da Terra.


Os planetas efectuam dois tipos de movimentos: movimento de rotação e movimento de translação. O movimento de translação é o movimento que os planetas efectuam em torno do Sol. O tempo que um planeta demora a dar uma volta completa ao Sol determina a duração do ano. O movimento de rotação é o movimento que os planetas fazem em torno do seu próprio eixo (eixo imaginário). No caso do nosso planeta, o movimento de rotação é responsável pela alternância dos dias e das noites, em que uma volta completa em torno do seu eixo demora cerca de 24 horas; o movimento de translação, com uma duração de 365 dias, é responsável pelas estações do ano.



Planetas anões - Segundo a UAI, são corpos celestes que estão em órbita à volta do Sol; têm massa suficiente para que as forças de gravidade lhes permitam assumir a forma esférica, mas, no entanto, não atraíram pequenos corpos celestes na vizinhança à volta da sua órbita e não são satélites. Plutão passa a incluir-se neste grupo, bem como Éris. Plutão deixou de ser considerado planeta pelo facto de não se verificar a terceira condição. Algumas críticas são levantadas já a este critério de **classificação, pois não foi completamente definido o que é:
**forma quase esférica;
eliminação de todos os corpos susceptíveis de se deslocarem nas proximidades.
No ano de 2009 realizar-se-á uma nova reunião da UAI no Rio de Janeiro e talvez haja outras posições a considerar. Até lá são de respeitar as normas de União Astronómica Internacional.

"O cosmos é tudo o que existe, existiu ou existirá.

"O cosmos é tudo o que existe, existiu ou existirá.
A mais insignificante contemplação do cosmos emociona-nos — provoca-nos um arrepio, embarga-nos a voz, causa-nos a sensação suave de uma recordação distante. Sabemos que nos estamos a aproximar do maior de todos os mistérios.

O tamanho e a idade do cosmos ultrapassam a comum compreensão humana.
Perdida algures entre a imensidão e a eternidade fica a nossa minúscula casa planetária. Numa perspectiva cósmica, a maioria dos interesses humanos parecem insignificantes, até mesquinhos. E, todavia, a nossa espécie è jovem, curiosa, corajosa e mostra-se prometedora Nos últimos milénios fizemos as mais surpreendentes e inesperadas descobertas sobre o cosmos e o lugar que nele ocupamos. Estas descobertas recordam-nos que os homens evoluíram para descobrir que o conhecimento é um prazer, que o saber é uma condição indispensável à sobrevivência Acredito que o nosso futuro depende da forma como viermos a conhecer este cosmos em que flutuamos como um grão de pó no céu matinal.
Essas explorações exigiram cepticismo e imaginação. A imaginação transporta-nos com frequência a mundos que nunca existiram, mas sem ela não vamos a parte nenhuma O cepticismo permite-nos distinguir a ficção da realidade e pôr à prova as nossas teorias. O cosmos é duma incomensurável riqueza — na perfeição dos seus elementos, na elegância das suas correlações, na subtileza do seu impressionante mecanismo.
A superfície da Terra è a costa do oceano cósmico. Dela retirámos quase tudo o que sabemos. Recentemente, entrámos na água um pouco mais, o suficiente para molhar os dedos, ou, quando muito, cobrir os artelhos. A água parece convidativa O oceano chama-nos. Uma parte do nosso ser sabe que é esta a nossa origem. Estamos desejosos de regressar a ela Estas aspirações não são, penso eu, irreverentes, embora possam perturbar os possíveis deuses. "
Carl Sagan, Cosmos

Notícias do Espaço

Agência Espacial Europeia quer lançar satélite para exploração da Terra o mais tardar em Fevereiro
24.10.2008 - 12h28 AFP


O lançamento do satélite europeu Goce, de exploração da Terra, já foi adiado três vezes, desde a data inicial de 10 de Setembro. Hoje, a Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou que o lançamento deverá acontecer, o mais tardar, em Fevereiro de 2009.“As causas da anomalia do sistema de orientação e navegação já foram identificadas”, informa a ESA em comunicado, acrescentando que “as alterações necessárias (...) demorarão, no mínimo, dois meses de trabalho suplementares pelo fabricante” de foguetões Rockot.A data exacta do lançamento só será decidida quando as correcções forem testadas e validadas.Pesando uma tonelada, o Goce (Missão de Estudo da Gravidade e da Circulação Oceânica em regime estável) vai estudar o campo de gravidade terrestre e permitir estabelecer uma representação altimétrica da superfície do nosso planeta, com uma resolução e precisão inéditas.Esta será a primeira missão do Programa de Exploração da Terra lançado pela ESA para estudar a atmosfera terrestre, a biosfera, a hidrosfera, a criosfera e o interior do globo.

O Susto - Meteorito cai em horta da Bielorrússia (noticia)

O Susto - Meteorito cai em horta da Bielorrússia


Um meteorito com meio quilo de peso caiu na horta de uma professora, na aldeia de Krichev, a leste da Bielorrússia, e deixou uma cratera de um metro de profundidade e quarenta centímetros de diâmetro. A professora Yekaterina Privalova estava na horta quando ouviu um barulho ensurdecedor e, assustada, correu para dentro de casa. Depois, segundo a professora, alguma coisa caiu na horta com uma força terrível. Com a ajuda dos vizinhos, a docente extraiu da cratera uma rocha redonda de cor prata opaca e muito quente. O meteorito foi doado ao museu da escola de Krichev.


Público, 13 de Maio de 2002 (adaptado)

LUA...

A Lua é o "nosso" satélite, um pouco a nossa se­gunda casa no espaço. É o segundo objecto mais brilhante nos céus.
Relativamente à génese da Lua, os dados mais re­centes, obtidos pela análise das rochas lunares, con­duziram-nos à teoria hoje mais geralmente aceite: a do impacto. Esta teoria supõe que a Terra chocou com um objecto pelo menos tão grande como Marte, tendo-se formado a Lua a partir do material então ejectado da Terra.
A sua proximidade da Terra [em média 384- 4-00 km] fez com que fosse o primeiro objecto da exploração planetária. Foi o primeiro objecto extrater­restre onde pousou uma sonda [a sonda soviética Luna 2, em 1959) e, claro, até ao momento, o único a ser visitado por seres humanos. Foi também o único objecto extraterrestre onde se colheram amostras de solos e rochas (um total de 382 kg), depois trazidas para análise para a Terra, onde, 30 anos depois, continuam a ser estudadas.

Instituto Geofísico da Universidade de Coimbra (adaptado)

Capítulo 2, Tema 1. Formação do Sistema Solar

Tal como, para o Universo, as principais teorias para explicar a formação do Sistema Solar não conseguem responder a todas as questões colocadas, baseando-se em abordagens multidisciplinares que incluem áreas do conhecimento como a Física, Química, Matemática e Biologia.

""" MAs afinal qual a origem do SISTEMS SOLAR???"""
Podemos nunca vir a conhecer com precisão os processos que intervieram na formação do Sistema Solar. Com o início das explorações lunares, em 1969-1970, concluiu-se que a Lua teria a idade aproximada de 4500 M.a. Como essa foi também a idade aproximada atribuída a outros corpos do Sistema Solar, nasceu a ideia de um plano geral de formação do Sistema Solar e, portanto, da Terra, que seria tão velha quanto os restantes corpos desse sistema.

Actualmente, a hipótese mais aceite para explicar a formação do Sistema Solar é a Teoria da Nébula Reformulada.

Teoria da Nébula Reformulada
Hoje considera-se que o Sol e os planetas do Sistema Solar evoluíram pelos mesmos processos e ao mesmo tempo, há cerca de 4600 M.a. Durante centenas de anos foram elaboradas teorias que procuravam explicar os factos então conhecidos.

A origem do Sistema Solar é um assunto naturalmente controverso com avanços e recuos, podendo levantar-se algumas objecções:

*No caso da teoria nebular, a velocidade de rotação do Sol deveria ser maior e os gases ejectados pelo Sol deveriam ter-se espalhado pelo Espaço, em vez de se condensarem sob a forma de planetas sólidos.
*Na teoria de Chamberlain, a intervenção de uma estrela "intrusa" explicaria o aparecimento dos planetas, assim como a baixa velocidade de rotação do Sol. I Contudo, esta teoria também foi abandonada, por ser extremamente improvável a passagem de uma estrela próximo do Sol. Além disso, o material arrancado certamente voltaria a cair sobre o Sol e não formaria os planetas.

Segundo a teoria nebular reformulada:

*No disco protoplanetário ter-se-iam verificado colisões entre as partículas que agregando-se, isto é, acreccionando, teriam originado corpos rochosos cada vez maiores designados por planetesimais. Os cometas e alguns asteróides são restos desses planetesimais, sendo, por isso, dos mais antigos corpos do Sistema Solar.
*O aumento da massa de alguns planetesimais permitiu a retenção de uma atmosfera.
*Os primeiros planetas telúricos teriam aparecido nas zonas mais densas do disco proto-planetário, isto é, mais próximo do Sol. A radiação solar impediu a incorporação dos elementos menos densos na constituição dos planetas telúricos, ficando esses planetas a ser constituídos por elementos mais densos, como o ferro, o níquel, o oxigénio e o silício.
*Os grandes planetas encontram-se mais afastados do Sol e isto foi consequência da radiação solar, que afastou da sua vizinhança a maior parte dos elementos químicos menos densos, como o hidrogénio e o hélio, no estado gasoso. Devido à grande distância ao Sol, os gases passaram, em grande parte, ao estado sólido

Toda esta evolução ter-se-ia dado num período de tempo relativamente curto, de alguns milhões de anos.


A análise sistemática dos planetas do Sistema Solar põe em evidência, para além da sua origem comum, tanto a diversidade estrutural como a sua história geológica.

Os planetas que se encontram mais próximos do Sol são essencialmente constituídos por materiais de ponto de fusão mais alto. Deste modo, Mercúrio, Vénus, Terra e Marte são pequenos e rochosos, formados essencialmente por silicatos e ferro, possuindo atmosferas pouco densas (ou mesmo rarefeitas) destituídas de hidrogénio. Pelo contrário, os planetas gasosos, que se condensaram a temperaturas mais baixas, são ricos em elementos voláteis. Júpiter e Saturno são constituídos por materiais pouco densos da nébula solar primitiva, como o hidrogénio e o hélio. Estes planetas são pobres em metais e silicatos e a sua composição é idêntica à do Sol.

As características que os planetas telúricos apresentam devem-se principalmente à radiação emitida pelo Sol, que afastou a maior parte dos elementos químicos menos densos, como o hidrogénio e o hélio, no estado gasoso. Este facto teria dificultado a incorporação desses elementos, os mais abundantes na nébula solar, na constituição dos planetas mais próximos do Sol. No que se refere aos planetas longínquos, a radiação era já mais fraca e, por isso, incapaz de impedir a repulsão dos elementos menos densos, permitindo a sua incorporação nos planetas longínquos durante o seu processo de formação e conduzindo às grandes dimensões que apresentam.



A teoria nebular reformulada é coerente com grande parte dos factos observados, como:


*uma idade idêntica para todos os corpos do Sistema Solar;
*a regularidade das órbitas planetárias, que são órbitas elipsóides, quase circulares:
*todas as órbitas são quase complanares, formando um disco;
*os movimentos dos planetas nas suas órbitas são todos no mesmo sentido;
*os planetas têm movimentos de rotação no mesmo sentido, excepto Vénus e Úrano;
*a densidade dos planetas mais próximos do Sol é superior à dos planetas mais afastados, o que está de acordo com a posição em que se formaram numa nébula em rotação.

No entanto, existem alguns dados que ainda não estão clarificados. Por exemplo, a baixa velocidade de rotação do Sol, que talvez possa vir a ser explicada quando for mais bem entendida a complexidade dos movimentos em turbilhão dos gases da nébula.

As questões em aberto são objecto de uma investigação científica permanente que envolve recursos económicos enormes, só compatíveis com as economias dos chamados "países ricos". Os Estados Unidos da América e a ex-União Soviética estiveram à frente da exploração espacial, sendo movidos não só por motivos científicos, mas também pela conquista de prestígio político e pela competição existente entre esses dois países durante o período da Guerra Fria.

FormaçãO Do Sistema Solar
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Capítulo 2, Tema 1. Formação do Sistema Solar

Antes de Tudo, deixo-vos aqui uns videos sobre o Sistema Solar :





O sistema solar é constituído por oito planetas principais, por planetas anões, por planetas secundários, cometas, asteróides e por uma estrela que dá o nome ao sistema, o Sol. O nosso sistema solar pertence a uma organização planetária superior, a galáxia Via Láctea ou Estrada de Santiago, uma das muitas galáxias que constituem o Universo.

As dificuldades encontradas no estudo do Universo têm forçado os investigadores espaciais a desenvolver novos materiais, novas formas de ter acesso ao Universo. Os telescópios, que permitem estudar os planetas do sistema solar, as naves espaciais, que permitem transportar pessoas e materiais para o Espaço, as sondas, que permitem recolher dados científicos, as estações espaciais, que permitem um maior tempo de contacto entre pessoas e o espaço onde se encontram, são algumas das tecnologias que se têm vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos como forma de aumentarmos os conhecimentos sobre o Universo e, em particular, sobre o sistema solar.

A Astrofísica e a Astrogeologia são, por este motivo, duas das ciências que mais têm evoluído nos últimos anos.


Uma das maiores dificuldades encontradas neste processo de busca do conhecimento tem sido a grande distância a que qualquer um dos corpos celestes se encontra da Terra. As distâncias são tão grandes que as unidades terrenas são insuficientes, pelo que foi criada uma nova unidade, o ano-luz. Um ano-luz corresponde à distância percorrida num ano por um raio luminoso viajando à velocidade de 300 000 km/s, ou seja, cerca de 9 biliões de quilómetros.

sábado, 18 de outubro de 2008

As fotografias tiradas pelo Hubble

Deixo-vos aqui um video com imagens fantasticas do universo...

Espero que gostem.. ehehehe :P

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Capítulo 3 - A medida do Tempo e a idade da Terra / Idade relativa / Idade absoluta ou radiométrica

A descoberta da radioactividade e a interpretação dos seus resultados permitiu a utilização do de-caimento radioactivo dos elementos para a datação terrestre, surgindo, deste modo, a datação absoluta. Os fósseis de idade foram outro elemento utilizado para a datação da Terra - datação relativa.

A datação absoluta e a datação relativa são dois processos de datação das rochas, permitindo-nos obter uma idade radiométrica ou absoluta e uma idade relativa, respectivamente.

A datação relativa, como o nome indica, não permite obter uma idade absoluta, isto é, em valores numéricos, mas uma comparação de idades. Pelo contrário, a datação absoluta permite-nos obter um valor numérico para uma determinada idade. Por exemplo, se disseres que o José tem 18 anos e que o Pedro tem 16 anos, estás a efectuar uma datação absoluta, mas se disseres que o Pedro é mais novo do que o José, então efectuaste uma datação relativa.

Idade relativa


A idade relativa, obtida por um processo de datação relativa, não nos permite determinar um valor numérico para a idade da Terra nem dos seus materiais constituintes, permitindo-nos ape-nas estabelecer relações entre os seus diferentes constituintes.

A datação relativa apoia-se na posição relativa dos estratos (princípio da horizontalidade e princípio da sobreposição dos estratos) e na presença de fósseis de idade (princípio do sincronismo ou da identidade paleontológica).

--Princípio da horizontalidade

Os estratos sedimentares formam-se horizontalmente, isto é, os sedimentos depositam-se horizontalmente à medida que vão chegando à bacia de sedimentação, por efeito gravítico.


--Princípio da Sobreposição dos Estratos

Numa sequência estratigráfica não deformada, um estrato mais recente sobrepõe-se a um estrato mais antigo, o que significa que os estratos serão tanto mais antigos quanto mais profundos se encontrarem e tanto mais recentes quanto mais superiormente se encontrarem na sequência estratigráfica.

Logicamente que os sedimentos, por efeito gravítico, se vão depositando horizontalmente à medida que vão chegando à bacia de sedimentação. Os primeiros sedimentos a depositarem-se serão os mais antigos, enquanto os últimos a depositarem serão os mais recentes, encontrando-se colocados na parte superior em relação a todos os outros. O princípio da sobreposição dos estra-tos afirma-nos precisamente isto.

--Princípio do sincronismo ou da identidade paleontológica

Dois estratos apresentam a mesma idade se apresentarem o mesmo fóssil de idade.



Um fóssil de idade corresponde ao fóssil de um ser vivo que viveu apenas durante um curto período de tempo, embora possa ter ocupado uma extensa área e zonas muito dispersas da Terra. É o caso das trilobites, que, tendo vivido apenas durante o Câmbrico, nos permitem datar como câmbrica qualquer formação rochosa em que sejam encontradas.
A presença de um fóssil de idade em dois estratos diferentes, mesmo que se encontrem muito distanciados, permite-nos afirmar que os dois estratos possuem a mesma idade.

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Idade absoluta ou radiométrica

A idade radiométrica permite-nos obter um valor numérico para a idade das rochas, determinado em milhões de anos (M.a.). A determinação da idade radiométrica, baseia-se na desintegração de isótopos radioactivos naturais, geralmente de potássio (K-40), rubídio (Rb-87), urânio (U-235 e U-238) e carbono (C-14). Este facto torna imediatamente limitativa a aplicação deste método de datação a todas as rochas, pois nem todas apresentam na sua constituição mineralógica elementos radioactivos ou, então, possuem-nos numa quantidade muito pequena, o que inviabiliza a sua utilização.


Os átomos iniciais de um isótopo radioactivo (isótopo-pai) são incorporados na estrutura dos minerais, aquando da génese desses minerais, logo, da rocha que os contém. Como estes elementos são instáveis, o núcleo dos seus átomos desintegra-se espontaneamente, libertando radioactividade, isto é, energia sob a forma de calor e radiações, originando um novo isótopo, o isótopo-filho. Este isótopo-filho é mais estável que o isótopo-pai, ocorrendo a desintegração sempre no sentido de obtenção de isótopos-filhos cada vez mais estáveis.

A semivida, meia--vida ou período de semitransformação corresponde ao tempo necessário para que ocorra a desintegração de metade do número inicial de isótopos-pais de uma amostra, originando isótopos-filhos estáveis. Os valores de semivida obtidos numa determinada rocha, até à actualidade, permitem-nos datar radiometricamente essa rocha.



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As rochas magmáticas, ao contrário das rochas sedimentares e metamórficas, são rochas que podem ser sujeitas a este método de datação. As rochas metamórficas e as rochas sedimentares resultam da acumulação e da transformação (diagénese ou metamorfismo) de sedimentos com origens e idades diferentes, o que impede que seja determinada a idade absoluta da sua génese. O método de datação radiométrica é baseado no facto de os isótopos radioactivos se desintegrarem espontaneamente, a uma velocidade constante, ao longo do tempo para cada um dos diferentes elementos radioactivos. A velocidade de decaimento não é afectada pelas condições ambientais (temperatura, humidade, pressão), o que torna o seu valor específico do elemento e não das condições a que esse elemento está sujeito.

Estes métodos de dataçao são mais eficazes quando aplicados a rochas magmáticas. Um magma no momento em que inicia o processo de solidificação, seja em profundidade seja à superfície, incorpora uma certa quantidade de isótopos radioactivos, ao passo que a quantidade de atómos-filho, nesse momento, é nula.

Para contornar estas limitações, deve-se estudar com bastante pormenor as relações no terreno entre os diferentes grupos de rochas. Assim, em locais onde ocorram afloramentos com mais do que um tipo de rocha, podem-se datar as rochas magmáticas por dataçao absoluta e, em seguida, estabelecer uma equivalência com os restantes fenómenos geo-lógicos que se encontrem representados na área em estudo.

[Vejam este Powerpoint,,, REsume basicamente isto... ;D ]



Capítulo 3 - A medida do Tempo e a idade da Terra

A medida do tempo geológico encontrou barreiras díficeis de ultrapassar até ao sec. XVIII, pois o homem referenciava todos os fenómenos à escala da duração da sua própria vida.
Desde sempre, um dos grandes sonhos do Homem foi construir uma máquina que lhe permitisse viajar no tempo. Vários modelos da máquina foram, ao longo dos tempos, experimentados. No entanto, nenhum se revelou tão eficaz como aquele que os geólogos têm utilizado: as rochas e, em particular, as rochas que contenham os restos dos seres vivos que viveram na Terra em determinado momento-os fósseis.
Ao observarmos diferentes tipos de rocha, cada um com características que lhes são peculiares, estamos a recuar no tempo e a deduzir as condições ambientais, tanto físicas como químicas, que terão estado na sua origem.



As informações resultantes tanto de datações relativas como, mais tarde, de datações absolutas, permitiram aos geólogos a elaboração de escalas de tempo geológico. Estas representações esquemáticas da história da Terra, que vão sofrendo alterações à medida que novas e pertinentes informações vão sendo recolhidas, representam sequências de divisões do tempo geológico, sendo as respectivas idades registadas em milhões de anos. Nestas escalas, as divisões mais alargadas de tempo designam-se por eons.

Nesses grandes intervalos de tempo consideram-se divisões de duração inferior chamadas eras, cada uma das quais se subdivide em períodos que, por sua vez, se dividem ainda em épocas. As transições entre as diferentes divisões correspondem sobretudo a momentos de grandes extinções ocorridas no passado e testemunhadas pelo registo fóssil. Por exemplo, a fronteira temporal associada à transição entre o Período Cretácico, da Era Mesozóica, e o Terciário, já da Era Cenozóica, está colocada nos 66,4 milhões de anos, uma vez que os fósseis de muitos organismos, como os dinossauros e outros grupos animais e vegetais, aparecem pela última vez em estratos rochosos cuja datação absoluta revelou a idade de 66,4 milhões de anos, facto que permite considerar que essas espécies se extinguiram nessa altura


Capítulo 2 - As Rochas - arquivos que relatam a história da Terra

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Através do estudo dos materiais rochosos é possível colher informações sobre o passado da Terra. De acordo com a sua origem, as rochas dividem-se em três grandes tipos. As rochas magmáticas ou ígneas são as que resultam da solidificação ou cristalização de material em fusão ou magma.
Considerando a origem e as condições de arrefecimento, as rochas magmáticas podem classificar-se em intrusivas ou rochas plutónicas quando o magma se consolida no interior da crusta (ex.: granito) e extrusivas ou rochas vulcânicas quando este se solidifica a superficie ou perto desta (ex.: basalto).


As rochas sedimentares formam-se em condições de pressão e temperatura muito baixas, através de acções físicas e químicas exercidas pelo contacto com a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera. O ciclo de transformações associado à formação das rochas sedimentares integra duas fases fundamentais: a sedimentogénese, que inclui a meteorização, o transporte e a deposição dos materiais, e a diagénese, durante a qual os sedimentos formados na fase anterior são transformados em rochas sedimentares consolidadas.






As rochas metamórficas formam-se em profundidade e resultam da alteração estrutural e mineralógica de rochas preexistentes sem ocorrência de fusão. Essa alteração resulta da acção isolada ou conjugada dos factores de metamorfismo, como o calor, a pressão e os fluidos circulantes. Metamorfismo pode ser regional, quando as rochas ficam progressivamente submetidas a tensões e temperaturas elevadas, ou de contacto, quando uma intrusão de mágma se instala entre rochas preexistentes, o calor do magma metamorfisa as rochas encaixantes.



Os três tipos de rochas referidos podem sofrer alterações que as transformam em materiais rochosos de natureza diferente. Ao conjunto de processos associados a essas transformações, que integra fenómenos contínuos de for-mação, destruição e reciclagem das rochas, dá-se o nome de ciclo das rochas ou ciclo Litológico.



[Aproveitem este powerpoint... e um resumo!!! :) ]

Capítulo 1 - A Terra e os seus subsistemas em interacção

Sistema é um conjunto organizado de elementos em interacção. Esses elementos incluem matéria e energia. Quando se verificam alterações de matéria e energia o sistema diz-se dinâmico. Um sistema é aberto quando ocorrem trocas de matéria e energia com o meio; é fechado quando apenas há trocas de energia, não se verificando trocas de matéria.

A Terra constitui um sistema dinâmico, no qual ocorrem trocas de energia com o exterior, mas cujas trocas de matéria não são significativas. Considera-se, por isso, um sistema quase fechado. As fontes de energia do sistema Terra são a energia solar incidente e a energia interna.



O sistema Terra é constituído por subsistemas que interagem uns com os outros de um modo definido e previsível. Esses subsistemas são: - A geosfera, constituída pela massa sólida da Terra. - A atmosfera, invólucro gasoso que rodeia a Terra. - A hidrosfera, massa total de água líquida à superfície do planeta. - A biosfera, que inclui todos os seres vivos. - A criosfera, constituída pelas massas de gelo.



Como se pode ver neste esquema:



O ciclo da água é um exemplo da interacção entre os vários subsistemas da Terra. Uma alteração num dos subsistemas causa, necessariamente, uma alteração no sistema global, pelo que o estudo da Terra como sistema é importante na com-preensão e previsão dessas alterações

Capítulo 1 - A Terra e os seus subsistemas em interacção


Subsistemas Terrestres

A Geologia procura o conhecimento da natureza dos materiais terrestres e dos processos dinâmicos verificados no planeta Terra. Numa perspectiva sistémica, pode considerar-se a Terra como um sistema fechado, uma vez que as únicas trocas significativas efectuadas com o universo envolvente correspondem a trocas de energia, sendo desprezáveis as trocas de matéria.

Interacção de subsistemas

Globalmente, a Terra pode considerar-se um sistema composto, resultado da interacção de vários subsistemas: a hidrosfera, que integra toda a água existente à superfície terrestre, no estado sólido (criosfera), líquido e gasoso; a atmosfera, de natureza essencialmente gasosa, que envolve todo o globo terrestre e é constituída por uma mistura de gases que integra fundamentalmente azoto, oxigénio, dióxido de carbono e vapor de água; a biosfera, que integra todos os seres vivos existentes na Terra, bem como toda a matéria orgânica que ainda não foi decomposta; e a geosfera, que corresponde à parte superficial sólida da Terra bem como às várias camadas do seu interior que se diferenciam quer quimicamente, quer sob o ponto de vista físico.

O equilíbrio global da Terra depende da interacção entre os subsistemas que a constituem. No seu conjunto, qualquer alteração num dos subsistemas pode afectar os restantes.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eras Geológicas

As eras geológicas são divisões da escala de tempo geológico que podem ser subdivididos em períodos a fim de se conhecer a longa vida do planeta. As eras são caracterizadas pelas formas em que os continentes e os oceanos se distribuíam e os seres viventes que neles se encontravam

As eras geológicas são: Pré-Cambriana, Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica.