quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Metodos Directos* e Indirectos*

O conhecimento do interior da Terra não se pode efectuar, na sua totalidade, com observações ou análises directas do seu interior. O conhecimento da estrutura e composição do interior da Terra tem de ser obtido através da utilização de métodos directos...



Um método directo é aquele que nos permite obter dados através da utilização directa da Terra, como é o caso da observação directa da superfície terrestre, da utilização de carotes ou tarolos de sondagem, da observação da actividade vulcânica.

Os métodos indirectos permitem-nos obter dados sobre a estrutura interna da Terra, com a interpretação de dados obtidos indirectamente, através da análise de dados geofísicos (gravimetria, geomagnetismo, sismologia) e planetológicos (meteoritos).

*.*Métodos directos *.*



As enormes dimensões da Terra impedem que o Homem tenha acesso ao seu interior, limitando-se o seu conhecimento apenas a uma muito fina película de crosta. Os métodos directos para conhecer a Terra são poucos e fornecem-nos pouca informação, devido às pequenas profundidades que é possível atingir
A exploração de jazidas minerais em minas permite-nos recolher informações sobre o interior da Terra. No entanto, estas informações limitam-se apenas a alguns metros de profundidade.

A observação directa da superfície terrestre permite-nos concluir acerca da existência de falhas e de dobras, qual o tipo de rocha e respectiva idade, com o inconveniente de esta observação se limitar a poucos metros de profundidade.

A actividade vulcânica fornece-nos importantes informações sobre o interior da Terra (até cerca de 150 km de profundidade). Sempre que um vulcão entra em actividade, lança para o exterior materiais que se encontram no interior da Terra. A análise desses materiais (lavas, cinzas, gases) permite-nos conhecer a composição da parte superior da crosta terrestre. Um vulcão não nos fornece apenas a sua lava como fonte de estudo, mas fornece-nos, também, fragmentos da chaminé e da câmara magmática - os xenólitos.

Os movimentos tectónicos também contribuem para o conhecimento das rochas às quais não podemos chegar. Nos limites convergentes de placas, as forças de compressão, actuando durante dezenas de milhões de anos, são capazes de criar deformações da litosfera tão intensas, que vestígios de um fundo oceânico podem surgir no alto de uma montanha, a milhares de metros de altitude.

Em Portugal, nos distritos de Beja e de Bragança, esses encontram-se no interior de uma cadeia montanhosa, actualmente desaparecida; no chamado maciço de Morais, em Trás-os-Montes, conservam-se testemunhos da parte superior do manto e da base da crosta oceânica sobrepostos a rochas continentais .

*.* Métodos Indirectos *.*



Se o conhecimento directo do interior da Terra é inacessível, então os geólogos procuram outras fontes de informação para determinarem a estrutura e a composição interna do nosso planeta. As fontes de análise e de informação utilizadas permitem-nos tirar algumas novas conclusões, a partir da interpretação de dados que não têm uma ligação directa ao interior da Terra. Como as conclusões obtidas sobre o interior da Terra são inferidas a partir de interpretações de dados obtidos indirectamente, estes métodos de estudo designam-se métodos indirectos.

A interpretação da diferente composição dos meteoritos, das bandas geomagnéticas dos oceanos, do gradiente geotérmico permite-nos tirar algumas conclusões acerca da estrutura terrestre.

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