quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Capítulo 2, Tema 1. Formação do Sistema Solar

Tal como, para o Universo, as principais teorias para explicar a formação do Sistema Solar não conseguem responder a todas as questões colocadas, baseando-se em abordagens multidisciplinares que incluem áreas do conhecimento como a Física, Química, Matemática e Biologia.

""" MAs afinal qual a origem do SISTEMS SOLAR???"""
Podemos nunca vir a conhecer com precisão os processos que intervieram na formação do Sistema Solar. Com o início das explorações lunares, em 1969-1970, concluiu-se que a Lua teria a idade aproximada de 4500 M.a. Como essa foi também a idade aproximada atribuída a outros corpos do Sistema Solar, nasceu a ideia de um plano geral de formação do Sistema Solar e, portanto, da Terra, que seria tão velha quanto os restantes corpos desse sistema.

Actualmente, a hipótese mais aceite para explicar a formação do Sistema Solar é a Teoria da Nébula Reformulada.

Teoria da Nébula Reformulada
Hoje considera-se que o Sol e os planetas do Sistema Solar evoluíram pelos mesmos processos e ao mesmo tempo, há cerca de 4600 M.a. Durante centenas de anos foram elaboradas teorias que procuravam explicar os factos então conhecidos.

A origem do Sistema Solar é um assunto naturalmente controverso com avanços e recuos, podendo levantar-se algumas objecções:

*No caso da teoria nebular, a velocidade de rotação do Sol deveria ser maior e os gases ejectados pelo Sol deveriam ter-se espalhado pelo Espaço, em vez de se condensarem sob a forma de planetas sólidos.
*Na teoria de Chamberlain, a intervenção de uma estrela "intrusa" explicaria o aparecimento dos planetas, assim como a baixa velocidade de rotação do Sol. I Contudo, esta teoria também foi abandonada, por ser extremamente improvável a passagem de uma estrela próximo do Sol. Além disso, o material arrancado certamente voltaria a cair sobre o Sol e não formaria os planetas.

Segundo a teoria nebular reformulada:

*No disco protoplanetário ter-se-iam verificado colisões entre as partículas que agregando-se, isto é, acreccionando, teriam originado corpos rochosos cada vez maiores designados por planetesimais. Os cometas e alguns asteróides são restos desses planetesimais, sendo, por isso, dos mais antigos corpos do Sistema Solar.
*O aumento da massa de alguns planetesimais permitiu a retenção de uma atmosfera.
*Os primeiros planetas telúricos teriam aparecido nas zonas mais densas do disco proto-planetário, isto é, mais próximo do Sol. A radiação solar impediu a incorporação dos elementos menos densos na constituição dos planetas telúricos, ficando esses planetas a ser constituídos por elementos mais densos, como o ferro, o níquel, o oxigénio e o silício.
*Os grandes planetas encontram-se mais afastados do Sol e isto foi consequência da radiação solar, que afastou da sua vizinhança a maior parte dos elementos químicos menos densos, como o hidrogénio e o hélio, no estado gasoso. Devido à grande distância ao Sol, os gases passaram, em grande parte, ao estado sólido

Toda esta evolução ter-se-ia dado num período de tempo relativamente curto, de alguns milhões de anos.


A análise sistemática dos planetas do Sistema Solar põe em evidência, para além da sua origem comum, tanto a diversidade estrutural como a sua história geológica.

Os planetas que se encontram mais próximos do Sol são essencialmente constituídos por materiais de ponto de fusão mais alto. Deste modo, Mercúrio, Vénus, Terra e Marte são pequenos e rochosos, formados essencialmente por silicatos e ferro, possuindo atmosferas pouco densas (ou mesmo rarefeitas) destituídas de hidrogénio. Pelo contrário, os planetas gasosos, que se condensaram a temperaturas mais baixas, são ricos em elementos voláteis. Júpiter e Saturno são constituídos por materiais pouco densos da nébula solar primitiva, como o hidrogénio e o hélio. Estes planetas são pobres em metais e silicatos e a sua composição é idêntica à do Sol.

As características que os planetas telúricos apresentam devem-se principalmente à radiação emitida pelo Sol, que afastou a maior parte dos elementos químicos menos densos, como o hidrogénio e o hélio, no estado gasoso. Este facto teria dificultado a incorporação desses elementos, os mais abundantes na nébula solar, na constituição dos planetas mais próximos do Sol. No que se refere aos planetas longínquos, a radiação era já mais fraca e, por isso, incapaz de impedir a repulsão dos elementos menos densos, permitindo a sua incorporação nos planetas longínquos durante o seu processo de formação e conduzindo às grandes dimensões que apresentam.



A teoria nebular reformulada é coerente com grande parte dos factos observados, como:


*uma idade idêntica para todos os corpos do Sistema Solar;
*a regularidade das órbitas planetárias, que são órbitas elipsóides, quase circulares:
*todas as órbitas são quase complanares, formando um disco;
*os movimentos dos planetas nas suas órbitas são todos no mesmo sentido;
*os planetas têm movimentos de rotação no mesmo sentido, excepto Vénus e Úrano;
*a densidade dos planetas mais próximos do Sol é superior à dos planetas mais afastados, o que está de acordo com a posição em que se formaram numa nébula em rotação.

No entanto, existem alguns dados que ainda não estão clarificados. Por exemplo, a baixa velocidade de rotação do Sol, que talvez possa vir a ser explicada quando for mais bem entendida a complexidade dos movimentos em turbilhão dos gases da nébula.

As questões em aberto são objecto de uma investigação científica permanente que envolve recursos económicos enormes, só compatíveis com as economias dos chamados "países ricos". Os Estados Unidos da América e a ex-União Soviética estiveram à frente da exploração espacial, sendo movidos não só por motivos científicos, mas também pela conquista de prestígio político e pela competição existente entre esses dois países durante o período da Guerra Fria.

FormaçãO Do Sistema Solar
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