terça-feira, 10 de março de 2009

Ultraestrutura da membrana plasmática

A célula viva é um compartimento microscópico isolado do ambiente por uma finíssima película, a mem­brana plasmática, constituída fundamentalmente por fosfolípidos e proteínas.



A membrana selecciona o que entra e o que sai, mantendo o meio celular interno ade­quado às necessidades da célula.



Apesar de ser muito fina — cerca de 7,5 nanómetros (nm) de espessura — a membrana plasmática é extremamente complexa e versátil, desempenhando inúmeras funções.



Os cientistas já descobriram, por exemplo, que os pigmeus africanos, embora produ­zam quantidades normais de hormonas de crescimen­to, têm baixa estatura devido a uma característica ge­nética da população: a ausência, nas membranas ce­lulares, de um tipo de proteína capaz de se combinar à hormona de crescimento.



O estudo da doença conhecida por diabetes melito, na qual a pessoa afectada tem altos níveis de glicose no sangue, revelou outra função importante da membrana plasmática.



No tipo mais comum de diabe­tes (tardio, ou do tipo II), as membranas celulares da pessoa diabética possuem poucas proteínas receptoras para a hormona insulina, que dá o sinal para as células absorverem glicose.



Na falta de receptores de hormona, pouca glicose penetra nas células e o nível desse açúcar torna-se elevado no sangue, causando o quadro clínico do diabetes melito. Essas novas descobertas podem possibilitar, no futuro, tratamentos mais eficazes e até a cura para esse problema.